sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

FOR YOU, MY LOVE !

FOR YOU, MY LOVE (parte 1)

Estou na janela, olhando a noite
e, nas asas do vento, sigo antigos caminhos.
Relembro teu sorriso e os teus carinhos,
teu corpo, teus olhos, cabelos e rosto.
Vejo em você as marcas do desgôsto
no olhar, na voz, no franzir da fronte
......................................

E volto a mim vendo no horizonte
a luz avermelhada do amanhecer.
Sei que te fiz chorar, que te fiz sofrer.
Seja como o Céu, agora todo azul,
que ressurge brilhante, "beau-ti-ful",
mesmo que a Noite o tenha feito chorar.

"NATO" AZEVEDO
OBS.: textos criados a partir de música
de CLÁUDIA, em 20/09/1981, na Lagoa/RJ)******************************************

FOR YOU, MY LOVE ! (parte 2)

Sentada na sala deserta, vazia,
cercada de fantasmas de antepassados,
de amigos... novos, antigos, amados
mas apenas colegas, apenas pessoas.
Me vêm à mente tantas coisas boas
e cresce na sala a imagem querida,
não é só corpo; é voz, é vida,
é carinho, é meiguice, é charme e calor,
alegria, prazer, ternura e amor,
e tudo de melhor que vivi no passado.

Daria minha vida para estar a teu lado
neste momento e nesta cidade.
E a tua, minha, nossa felicidade
seria a coisa mais certa do Mundo.
Sinto, amor, um desgôsto profundo
em ver que você não vê que eu vou
aonde você fôr, pois eu sei que sou
o amor que você quer para você !

"NATO" AZEVEDO

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

NA BEIRA DO MAR...

NA BEIRA DO MAR...
I
Já é tempo de férias...
nós vamos viajar
sob o sol escaldante,
sob a luz do luar.
Campos, praias, florestas,
cidade à beira-mar.
A vida é só festa,
todo mundo a cantar
sob o sol escladante,
sob a luz do luar.

I I (refrão)
A alma baila na areia
qual gaivota no ar
e mergulha nas águas
entre as ondas do mar
tão feliz, a cantar.

I I I
Sonhos risonhos,
brilho no olhar,
vendo o que a vida tem...
e, então, me ponho
alegre a cantar
tudo o que da Natureza vem!

"NATO" AZEVEDO
(versão livre de música da banda
Creedence Clearwater Revival.)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

TCHURURURU...

TCHURURURU...

I
Escuta aqui, ô meu benzinho,
o que agora vou dizer:
-- "Bem vestida ou nuazinha...
eu só quero é você"!

I I (refrão)
Tchurururu, amor,
tchurururu, paixão...
tchurururu, você
ficou no meu coração!

I I I
Você me diz bem baixinho:
-- "Meu bem, eu sempre te quiz"!
(Mas, se eu lavo ou se eu cozinho,
você fica bem feliz.)

I V
Faço carne com chuchu
e capricho na salada...
você quer tomate cru
e linguiça em rabada.

V
Mesmo com caminha dura
nossa vida satisfaz.
-- "Vá com Deus, seguindo em frente
que eu, colado, vou-lhe atrás"!

"NATO" AZEVEDO

("adaptação" de melodia de uma jovem,
apresentada no ASTROS da TV SBT,
em meados de junho ou julho/2008)

domingo, 7 de dezembro de 2008

UM CERTO ERRADO...

UM CERTO ERRADO...

Chora à rodo Madalena
e o povo, surpreso, ao lado
a lhe ouvir a cantilena:
-- "Jesus está mal pregado"!

-- "A cruz é muito pequena
e o tronco é rude, enrugado"!
A ferreira viu, na cena,
cravo torto, enferrujado.

-- "O INRI na tabuleta
foi feito com tinta preta...
não sobressai, não se vê"!

-- "Esse sujeito barbudo,
maltrapilho, cabeludo...
é o Nazareno? Quem crê"?!

"NATO" AZEVEDO
("Dedicado" a uma certa poetisa
carioca, que me fez críticas, por
carta, em fins de dezembro/2002.)

sábado, 29 de novembro de 2008

LADRÃO NA MANSÃO

LADRÃO NA MANSÃO I

-- Papai, eu estou sem fala,
tem ladrão na nossa sala.
É melhor mandar-lhe bala,
ver o cara se danar.
Papai, vai levantando,
pegue a arma e vá andando.
Olha, não estou brincando...
a desgraça está no ar.

I I
-- Filho, você não é um rato,
prove que é homem de fato,
calce logo esse sapato
e vá lá verificar.
--Papai, saiba um segredo:
de armas eu tenho medo,
revólver não é brinquedo
e êle pode até matar.

I I I
-- Filho, pegue o "tresoitão"
e liquide esse ladrão.
Resolva a situação
ninguém vai te censurar.
-- Papai, levanta logo,
por mil deuses eu te rogo
ou,então, daqui me jogo,
da janela deste andar.

I V
-- Papai, salto dos céus,
faço surfe e "rappel"
mas ser herói é um papel
em que eu não quero pensar.
-- Filho, você é uma vergonha
e que "cara de pamonha".
Se eu soubesse qual cegonha
te trouxe... morria já !

V
-- Cuido eu mesmo deste caso
que teve foi muito atraso
e, depois, eu te arraso...
espere só eu voltar.
-- Filho, era só um gato...
sofri tanto desacato
de você, rapaz ingrato,
hoje eu vou te deserdar !

V I (refrão)
-- Acenda a luz, meu filho !
Acenda a luz, meu filho !
Acenda a luz, meu filho...
meu filho, acenda a luz !
"NATO" AZEVEDO

(versão livre do rock "I sow
the light",da banda STATUS QUO,
escrita em 19 de janeiro de 2001)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

CIDADE "MARAVILHOSA"

CIDADE "MARAVILHOSA"
I
Cidade tão perigosa,
cheia de assaltos mil.
Cidade tão pavorosa...
vergonha do meu Brasil.

I I
É susto e baque nos corações
e prantos n'alma da gente.
Há só promessas nas reuniões...
ô, prefeito incompetente !

I I I
E voam balas de mil metralhas
na população indefesa.
A Segurança só mostra falhas
e a dengue é uma certeza.

I V
Bandido à solta, pivetes na rua,
arrastões em cada esquina.
A malandragem deixa a gente nua...
mas, que Cidade assassina !

"NATO" AZEVEDO
(OBS.: paródia da música oficial, feita
p/ o programa da TV SBT, em 23/04/2008.)

O GAIO DA ROSEIRA

O GAIO DA ROSEIRA

I
A vida do sertanejo
é orar e ir roçar,
esperando pela chuva
ou casamento de viúva,
coisas raras no lugar.

II (refrão)
O gaio da roseira,
o gaio da roseira,
o gaio da roseira...
olha, meninao gaio da roseira !

I I I
Um dia eu vou embora...
vou partir deste lugar.
E viajo lá pro Sul,
onde tudo é azul,
para poder enricar.

I V
Vou embora de minha terra,
prá estudar e trabalhar.
Um dia eu volto rico,
compro um rancho e aqui fico
porque aqui é meu lugar.

V
Amanhã acordo cedo
e vou sair pra trabalhar.
Estou no Rio de Janeiro,
sem família e sem dinheiro,
minha vida é esperar.

V I
Tenho que ter fé na vida,
que um dia vai melhorar.
Tenho que ter confiança
-- "treis veiz sarve" a esperança --
um dia a sorte irá mudar.

V I I
Passam anos, nada muda...
e o desencanto a aumentar.
Essa fase já se encerra,
volto agora prá minha terra
prá morrer no meu lugar.

"NATO" AZEVEDO
(OBS.: suponho que o GAIO da
canção possa ser GALHO.)
Adaptação de canção folclórica de
Airto Moreira e Hermeto Paschoal.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

UMA CANÇÃO PARA MARIA

UMA CANÇÃO PARA MARIA

I
Pela longa estrada da Vida
muitas vezes me desesperei.
Quando tudo era penosa subida
no caminho sozinho eu fiquei.

I I
Procurei então mão amiga
que amenizasse meu calvário.
Senti-me como ovelha perdida
a cumprir meu fado, solitário.

I I (BIS)
Eis, porém, que surge tua luz
para iluminar o meu caminho,
diminuir o peso da minha cruz
e me dizer que não estou sozinho.

I V (refrão/BIS)
Senhora,
beleza que converte e seduz.
Senhora,
bondade que comove e reluz.
Senhora,
imagem que esperança nos traduz.
Senhora,
és Maria, nossa Mãe e de Jesus.

"NATO" AZEVEDO
(OBS.: feita em 04/09/91 para o I Festival
da Canção Mariana, realizado em Belém/PARÁ)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

ALTOS E BAIXOS

ALTOS E BAIXOS

I (refrão)
Eu já estou velho
e no fim da vida.
Sei que estou (tão) velho...
é hora da partida !

I I
São tantos anos
de sonhos, esperanças,
de planos e desejos
ah, desde criança.
Se cresce, se espera
e a Vida se vai.
O castelo de sonhos
se esboroa e cai.
Deixamos lá prá trás
esperanças tão queridas...
estamos tão velhos,
é hora da partida.
Cansados e velhos
de jornadas perdidas.

I I I
Contudo, cada dia
que nasce e que vem
nos empurra adiante,
nos leva muito além.
Como tudo renasce,
revivemos também
recriando o futuro,
com certezas ou sem.

I V
Eu já estou velho,
no começo da Vida...
dos 60 aos 70
será sempre partida.
O fim nunca está perto
prá quem planta alegria,
semeia esperanças
e constrói todo dia.

V (refrão)
Eu já estou velho,
no começo da lida.
Sei que estou velho,
no auge da minha vida.

"NATO" AZEVEDO

VIDA DESGRAÇADA

VIDA DESGRAÇADA

I
(refrão)
Eu...
não te quero mais !
Eu...
não te quero mais !

I I
Mulher desgraçada,
vaca malcriada,
oh, me deixe em paz.
Saia da minha vida,
lingua atrevida...
não te quero mais !

I I I
Te dei meu sobrenome,
puzeste outros "omes"
lá na minha cama.
Fora, vagabunda !
Vá prá rua, imunda...
me deste má fama.

I V
Eu até acho graça !
Casar é uma desgraça...
só agora eu sei.
Chega de prejuízo !
Já perdi o juízo:
acho que vou ser gay !

"NATO" AZEVEDO

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ABRE AS ASAS SOBRE NÓS...

ABRE AS ASAS SOBRE NÓS...

Nos bancos escolares aprendi
que o Homem é feliz na sociedade
se tem educação e propriedade,
cultura e liberdade... eis o que li !

Mas vi -- vendo em irmãos necessidade --
que num mundo de escravos um Zumbi
se luta morre em vão, pois sempre cri
que não há cidadãos... sem igualdade.

Se não mais existir fome nem guerra,
ainda que tardio irá raiar
um tempo sem misérias sobre a Terra.

Bem sei que a LIBERDADE há de brilhar
-- em todo canto e pátria, em nossa terra --
quando houver pão e paz em cada lar.

"NATO" AZEVEDO

PAZ, FONTE DE LUZ

PAZ, FONTE DE LUZ

I
Renasceu mais um dia
e estou vivo (graças a Deus !).
Tenho muitos amigos
e tudo o que preciso...
estou perto dos meus.
Vida, sol e alegrias:
prá mim vem tudo de Deus !

I I
A Paz que o Mundo precisa
começa aqui nesta rua:
na minha casa, na sua
e dentro da nossa mente.
Tratar bem os animais
e respeitar toda gente...
é lutar pela paz
ajudar os mais carentes.

I I I
Fazer a paz nada custa;
manter a guerra é tão caro
e é um bem necessário
matar a fome do Mundo.
Amemos a Natureza
e tudo o que Deus nos deu.
Esqueça a sua tristeza;
viva feliz com o que é seu !

I V (refrão)
Admira teus pais,
para as crianças sorrí !
A Paz que o Mundo precisa
começa dentro de ti !

"NATO" AZEVEDO
(baseado em parte em "Midnight
Special", do CEEDENCE C. REVIVAL)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

AMOR AMBÍGUO

AMOR AMBÍGUO

Curva-te ao delírio
de ser formosa,
rainha entre as mais belas
e me fazes de escravo do desejo,
na vã cobiça
de seres somente minha.

Te toco as formas,
curvas suaves
em pele de seda,
de seda te cobres,
flor-sensação sobre meus lençóis,
oferecendo-se
aos melhores sonhos.

Perfuma-se-me a alma
com teu sumo & carne.
Dispa-se em pétalas de rosa
róseas...
Ah, deliciosa Rosa !

"NATO" AZEVEDO

JESUS, DIVINA LUZ

JESUS, DIVINA LUZ

I
Do céu
desceu Jesus
e Êle está entre nós...
ouça a sua voz
meu amigo pecador.
Do céu
veio essa luz,
do que morreu na cruz
e eu ouvi Jesus,
que é meu Salvador.

(refrão/BIS)
Ô, ooo, ooo, Aleluia !
Ô, ooo, ooo, Aleluia !

I I
No céu a salvação
e no meu coração
tenho paz e união
com Deus, o meu Amor.
E o Homem,aqui na Terra,
é só ódio e só guerra;
só peca e só erra
sem Jesus, o Senhor.

"NATO" AZEVEDO
(som tipo marcha militar)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

SILENCIOSA LEMBRANÇA

SILENCIOSA LEMBRANÇA

-- "Levanta-te, Homem...
chegou a tua hora !
Bebe teu café agora
e vista-se depressa.
Não te faças vãs promessas!
Cuidado ao sair lá fora...
olhe de novo para onde moras
e tome o velho caminho.


Estás com tantos e sozinho
nesta rua e nesse escritório.
Teu almoço, no refeitório,
é um prato de decepções.
A noite vem com as desilusões
e mil angústias marcam tuas horas.


Vais prá cama sem mais demoras
mas não podes dormir, pois te trago medo.
Estou a teu lado, sei teus segredos
e te lembro outra vez: -- "É chegada a hora"!
Abandona tudo e vem embora
com tua dona e senhora, a rainha Morte.
Cumpre a tua sina! Eis a tua sorte"!

"NATO" AZEVEDO (março/1985)

TEMPOS LOUCOS / PESADÊLO

TEMPOS LOUCOS

Acordei de manhã, meio morto, meio cru,
descabelado, faminto, meio nu.
Mordi o pão que o Diabo amassou.
Cuspi o café que o frio congelou.
Me olhei no espelho, pensei ser um bicho.
Olhei lá prá fora, o céu 'tava "um lixo".
Fui para a janela e vi lá embaixo
pontos e vírgulas, pessoas... eu acho!

Montes de coisas, de ferro, de estrume...
o ideal LIBERDADE, em giz num tapume.
E eu quiz voar prá longe de tudo,
ir ao fim do fundo,
ver o Inferno de perto.
..........................................
Lavo o rosto e já desperto
vejo que são dez "da matina"
e volto à minha chata rotina.
Sou Luiz Lobo Cordeiro Leão...
nem Homem, nem pássaro, nem avião !

"NATO" AZEVEDO
*********************************************

PESADELO
Estava no quarto, baby !
Estava no quarto, baby;
estava no quarto, dei...tado.
Girava de costas, ficava de lado,
meu Deus, que calor, chegou o verão.
Ouvi um barulho, era um ruidão !
Não era um chiado e nem um miado,
fiquei paralisado... de medo.

Talvez fosse tarde, acho que era cedo
para gritar por socorro... e agora ?
Chamei minha esposa e a minha nora,
eu que nem sequer tenho mulher.
Seria um rato, quem sabe um gato
ou um desses "baratos" quaisquer.

Mas, era apenas o vento
e eu, cabeça-de-vento,
não raciocinei.
Pensei ser um fantasma...
era um gato com asma,
juro que me apavorei !

"NATO" AZEVEDO - (nov./1981)

PRECIOSAS LEMBRANÇAS

PRECIOSAS LEMBRANÇAS

I
Na memória
as recordações
das coisas que um dia fiz.
Belas histórias,
lindas canções...
hoje sou o que sempre quiz.

I I
No Rio ou Belém
sei que estou
em minha terra, meu país.
E me sinto bem
pois eu sou
sempre alegre e feliz.

"NATO" AZEVEDO (maio/1985)
(versão livre da folkcountry song
"Precious Memories", de J.J. CALE)

VOLTE PRÁ MIM

VOLTE PRÁ MIM

I
Se você
fôr mesmo embora (*1)
não vou resistir
à dor que me devora.
Volte atrás, amor,
e seja como fôr
fique aqui comigo.

Se mereço um castigo,
que (êle) não seja o meu fim.
Não partas agora.
Não se vá embora,
não sejas ruim.
Não, não faça assim...
tenha dó de mim !

I I
Para eu te esquecer
vais ter que fazer
bem mais que trair
ou me desprezar...
terás que me matar.
Por isso, pense meu bem,
é melhor voltar
pois aqui você tem
meu amor e um lar.

Volta logo, meu bem,
que estou a te esperar !

"NATO" AZEVEDO
(versão livre de "Bring at
hometo me", de DAVE MASON/72)


(*1)...fôr me deixar

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

TENTANDO SER FELIZ

TENTANDO SER FELIZ

I
Sou...
sou o que você quer
e eu sei que vou
onde você quizer
pois eu sei que sou
o que você sempre quiz
para seres feliz. (BIS)

I I
Aqui mesmo estou
e, como ontem, te espero.
Ah, e me desespero
se demoras, amor...
se não vais aonde eu vou
como sempre eu fiz
prá te fazer feliz. (BIS)

I I I
Dou...
tudo o que você quer.
Quero ser tua mulher,
teu prazer, tua vida.
Mas não me peça o impossível,
teu desejo é terrível.
Assim não sou feliz !
(BIS)

I V
-- "Vou...
não quero mais teu carinho"!



-- "Não se vá, por favor...
não me deixes sozinho"!

-- "Vou seguir meu caminho
sem você, como eu quiz...
tentando ser feliz,
tentando ser feliz "!



"NATO" AZEVEDO (fev./1985)
(versão livre de "Wish were
you here", do PINK FLOYD)

Para ser cantado em DUETO.

CAROLYNNE

CAROLYNNE
I
Nem o amigo mais querido
vai me dar tanto prazer...
nem o momento mais feliz
que, na Vida, eu sempre quiz,
supera "estar com você"!

I I (refrão)
Nada no Mundo é tão azul
como o olhar do meu amor.
Nada tem
um brilho tão profundo
como o teu, oh minha flor.

I I I
Quando acordo, a cada dia,
eu sinto imensa alegria.
Tenho na Vida mais que um sol
a me iluminar...
é esse brilho do teu olhar.

I V (refrão)
Nada no Mundo é tão azul
como os olhos de Carolynne...
nem o vestido mais lindo,
nem o céu e nem o mar
têm o azul do teu olhar.

"NATO" AZEVEDO
(versão livre de "Mountain Blue",
da banda BLUES RIDGE RANGERS)

GRAÇA, AMOR E PRAZER

GRAÇA, AMOR E PRAZER

I
Quando sinto em meus lábios
o teu beijo infinito
e eu tenho a meu lado
o teu corpo bonito
é que vejo quão sábios
são os desígnios eternos
que inventaram o amor
e teus abraços tão ternos.


I I
Eu não posso viver
tão sozinho no mundo.
Sem você, meu amor,
meu sofrer é profundo
e teu corpo adorado
não esqueço jamais,
pois somente a teu lado
reencontro a paz.

"NATO" AZEVEDO
(em homenagem à jovem
Graça Xavier, em 1976/RJ)

sábado, 25 de outubro de 2008

UM NÔVO TEMPO

UM NOVO TEMPO

I
Ei, você,
que aí está
agora a me escutar:
ouça bem
o que eu
vou lhe dizer!
Preste atenção
ao que eu
vou lhe falar:
-- "É um prazer
estar
com você"!

I I
Saiba você
que tudo
que aí está
só vai mudar...
(eu digo isso
e provo
já prá você:)
se um novo som
nos ares
daqui soar
novas canções
de amor
irão nascer !

"NATO" AZEVEDO
(country music tradicional,
com rabeca, banjo e violino)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

DE MIM PARA VOCÊ

DE MIM PARA VOCÊ

(baseado em melodia para
violão, de MÁRCIA, da Lagoa/RJ)

I
Eu, ontem à noite, pensei em você
e nas coisas que vimos, vivemos.
Eu passei a noite pensando em você
e em tudo o que somos e cremos.
E nesta manhã de sol, céu azul,
nuvens que passam são sem importância.
Igual eu e você, o amor que nos une
resiste ao ciúme e a tudo que desune.
(...e a tudo que desune!)

(refrão/bis)
Sem você... sou tão triste.
Sem você... nada existe !

I I
Se, ontem à noite, pensei em você...
eu, nesta manhã, pensei muito mais.
Eu, que chorei à noite sem saber porquê,
acordei de manhã sorrindo e em paz.
O calor do sol me lembra você;
no mar, céu, no ar, eu vejo você
e tudo nesse Mundo me faz crer
que eu vivo e existo só para você.
(...só para você!)

"NATO" AZEVEDO

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

VOU VOLTAR PRO MEU LUGAR


VOU VOLTAR PRO MEU LUGAR

I (refrão/BIS)
Prá minha terra
eu vou voltar.
Prá minha serra,
pro meu lugar.

I I (BIS)
Já naveguei, minha gente,
por muito mar...
por céu, terra diferente.
Eu vou voltar !

I I I
Eu vou rever meus parentes,
meus irmãos e meus amigos.
Beijar meus pais, tão contente
e esquecer tantos perigos.
Deitar à sombra, na rede,
cantar até de manhã.
Beber água de côco, na sede.
Ouvir mil grilos e rãs.
Ir à capela, aos domingos.
Rezar a Deus todo dia.
Caçar, pescar, marcar bingo...
viver sempre com alegria !

I V (BIS)
Eu vou voltar...
eu vou voltar
prá minha terra,
pro meu lugar !

"NATO" AZEVEDO
(criado em 18/02/1985)

domingo, 19 de outubro de 2008

AMOR, AQUI VOU EU !


AMOR, AQUI VOU EU !

Sou
sombra de minha cidade.
Caçando a felicidade
ando de noite e de dia.
Cá,
caminho com minha inspiração.
Engano a (nossa) solidão
com risos de falsa alegria.

Vou
voando nas asas do vento,
viajo no meu pensamento
por mundos e cantos da Vida.
Estou
estonteado de saudade
da imaginada Liberdade
por tantos tanto prometida.

Chegou
cheio de flores meu amor...
menina-moça, cheiro e côr,
sonho que não aconteceu.
Se foi
futuro meu sem esperanças;
presente que não traz lembranças;
passado que não se esqueceu.
'NATO" AZEVEDO

sábado, 18 de outubro de 2008

VAGA ILUSÃO

VAGA ILUSÃO

Se eu tivesse alguém... prá mim
incontinenti diria
que eternamente amaria
com um amor sem grau nem fim.

Mas, depois, eu ficaria
com imensa dor
de te dizer, meu amor,
que tudo é...
monotonia,
que é falsa a nossa alegria,
que nosso amor... se acabou !

"NATO" AZEVEDO
**************************

RECORDANDO VOCÊ !

Te perdi não sei quando !
E perdido ando
desde então !
Iluminado por teu sorriso,
agasalhado por teu carinho,
alimentado por teu amor...
vou seguindo sozinho
com um fio de esperança.
Sei que vivo ainda
sobre a tua lembrança,
JOMARA-linda !

'NATO" AZEVEDO

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

FOR YOU, MY LOVE

FOR YOU, MY LOVE (parte 1)

Estou na janela, olhando a noite
e, nas asas do vento, sigo antigos caminhos.
Relembro teu sorriso e os teus carinhos,
teu corpo, teus olhos, cabelos e rosto.
Vejo em você as marcas do desgôsto
no olhar, na voz, no franzir da fronte.
.................................................................

E volto a mim vendo no horizonte
a luz avermelhada do amanhecer.
Sei que te fiz chorar, que te fiz sofrer.
Seja como o Céu, agora todo azul,
que ressurge brilhante, "beau-ti-ful",
mesmo que a Noite o tenha feito chorar.

"NATO" AZEVEDO
(OBS.: textos criados a partir de música
de CLÁUDIA, em 20/09/1981, na Lagoa/RJ)
**************************************************

FOR YOU, MY LOVE (parte 2)

Sentada na sala deserta, vazia,
cercada de fantasmas de antepassados,
de amigos... novos, antigos, amados
mas apenas colegas, apenas pessoas
me vêm à mente tantas coisas boas
e cresce na sala a imagem querida,
que não é só corpo; é voz, é vida,
é carinho, é meiguice, é charme e calor,
alegria, prazer, ternura e amor,
e tudo de melhor que vivi no passado.

Daria minha vida para estar a teu lado
neste momento e nesta cidade.
E a tua, minha, nossa felicidade
seria a coisa mais certa do Mundo.
Sinto, amor, um desgôsto profundo
em ver que você não vê que eu vou
aonde você fôr, pois eu sei que sou
o amor que você quer para você !

"NATO" AZEVEDO

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

MENTIRAS / LIES

MENTIRAS / LIES

I
I go
singing alone
walking
by my town.
I am
only more one
living
poorly and down.

I I (refrão)
Only lies, only lies, only lies,
my life it's only lies.
My city, my land, this world...
all'n everybody they're lies.


"NATO" AZEVEDO
**************************


MENTIRAS / LIES

I
Eu vou
cantando só,
andando
por minha cidade.
Eu sou
só mais um pobre
vivendo
sem felicidade.

I I (refrão/BIS)
Mentiras, mentiras, mentiras,
minha vida é só mentiras.
Em meu bairro, meu país, no Mundo...
em tudo e todos eu só vi mentiras.
"NATO" AZEVEDO

(OBS.: heavy rock bilingue, para
ser cantado nas duas versões
.)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

BRILHANTE ILUSÃO

BRILHANTE ILUSÃO

I
Irmão pássaro
da negra montanha
de cristais
e pedras brilhantes,
onde estais
que não te vejo.
Te desejo
em meu coração...
em meu coração !

I I
Gigante condor,
flecha negra dos ares
que voas sobre os mares
e tocas no arco-íris.
Ideal colorido,
sonho de um momento,
és meu sentimento,
sombra que me conduz.
Oh, águia cheia de luz !
(De luz, de luz, de luz.)

I I I
Leva-me nas asas,
pássaro querido,
num abraço amigo
prá caverna branca.
O sol já se levanta
no frio alvorecer
da negra manhã...
e não vejo você.
Por que? Por que? Por que?

"NATO" AZEVEDO

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

CANÇÃO DA SOLIDÃO

http://youtu.be/mUjtgZOTklg
 
CANÇÃO DA SOLIDÃO
I
Ia pelo parque
quando vi você.
Me disseste: -- "Alô,
vais aonde eu vou?"
Respondi-te: "Vamos!"
e as mãos nos damos,
sensações no corpo,
emoções no rosto
e o prazer na alma.

I I
Sorriso que acalma,
olhar de ternura,
beleza e candura
que jamais esqueço.
Que este começo
nunca tenha fim.
Que fiques junto a mim,
que nosso amor perdure.
-- "Por favor, não jures
que tudo acabou!"

I I I
Hoje estou tão triste,
só e sem você.
Nada mais existe
e eu nem sei porque.
Sonhos e ilusões...
tudo é passado.
Só recordações
ficaram a meu lado.
Nada existe agora
na minha lembrança.
Você foi embora
com minha esperança
e não voltou jamais.
E levou minha paz...

e levou minha paz !
"NATO" AZEVEDO(versão livre de "Good Times",
de JESSE COLIN YOUNG.)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

VÔO LIVRE



VÔO LIVRE

Abra uma janela para o Mundo:
solte sua alma, libere o coração.
Viver é alegria, como o sol no caminho...
que a Vida é luz, é festa, é brilho e emoção !

O tempo é curto, passa, as horas são de ouro
e o meu e o teu destino nascem no coração.
Amigos são, na Vida, nosso maior tesouro.
Faça de cada dia uma bela canção !

A Vida não é gaiola mas sou como um passarinho
cantando alegre ou triste toda desilusão.
Sorrir é o que importa e a paz melhor caminho...
abra a sua porta que a Vida não é prisão.

Chegando ao FIM de tudo e começo do Nada
nos tornamos lembrança, tal qual bela canção.
Seguem nossos amigos as suas jornadas,
cantando nosso nome com carinho e emoção.

"NATO" AZEVEDO

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O MESMO VELHO BLUES


O MESMO VELHO BLUES
(10/abril/2008)

I
Se o país é um chiqueiro
de "vermes" e ladrões,
de "vampiros" e "anões"...
terra sem futuro !

Se não há esperanças, tudo é escuro
num céu tão cinza, sem nada azul.
Se no fundo do túnel eu não vejo luz...
então, canto de novo
para todo o povo
o mesmo (e) velho blues.

I I
(refrão)
Se a Vida sufoca
e tudo é ruim.
Se não é assim
que se quer o dia
e toda agonia
nunca jamais finda.

Se quero a alegria
a que faço jus...
Então, canto de novo
junto do meu povo
o mesmo (e) velho blues.

I I I
Há mendigos nas ruas
com crianças nuas
e um povo de escravos
vive de centavos
sem leito nem pão,
enquanto o "barão"
gasta que nem louco.

Quando só um pouco
dado à sua volta
cessará a revolta
que ao pranto induz...
então, cante de novo
junto do teu povo
aquele velho blues.

"NATO" AZEVEDO
(versão livre de música
de J. .J. CALE - 1972)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

DE NAUS & PAUS, VELAS E VILAS...

DE NAUS & PAUS, VELAS E VILAS,
MATAS & MANTAS, ORLAS E ILHAS
(ao Prof. JOSÉ ILDONE, "primus inter pares")

I
Vigiando tetos, soalhos, proas, lados,
um São José hodierno
acorda o dia -- (re/de)talhando
o esqueleto da nau-casa/caminhão
: andarilha cigana a beijar orlas
a roçar ilhas
a (per)correr milhas
se d(o)ando toda, trans(port)ando tudo.

No luciluzir do horizonte cinza
em frias manhãs de sol-lua azul
o "motorzinho" gargareja esperanças,
resmunga anseios de bons (neg)ócios...
rabiscando linhas brancas
(com suas cor-retas ancas)
no espelho negro d'água
(que Yara logo apaga).
-- "É hora do(s) galos', gelos, gulas enfim"!


I I
Descortina-se a manhã
no palco vivo do dia(-a-dia):
...e VIGIA (ainda) vigila
cochila tranquila
sem vândalos nem vendas,
só (boas-)vindas
e novas voltas
de belos vultos, cultos... muitos !

...e VIGIA (se des)vela, bela
por si. Pérola sagrada
no coração do Passado
(do Estado)
e onde vigem lendas (e p-rendas) lindas,
entre lonas, ondas e lundus...
"ad'onde" vigilengas
lentas limpas
ondulam no azul.

I I I
Pôr-do-sol, do sal, dos sons
no "Rabo da Ósga"
do Arapucão
: sensação / satisfação.
Sapo faz "own"
enquanto as sapas "ranam"
e as jias vadias -- vi-as pela vigia! --
gir(in)am nas pontas podres
de pedras a-paradas
das paredes pardas
do cais de pretas pedras
da provecta Igreja de Pedra.

Algures,
o milenar caboclo Plácido
tece derradeira prece
com fé
à vígil Virgem de Nazaré.

Alhures,
no negrume denso que une
céus, matas e água... (di)vaga
devagar andejo barco
à procura de pôrto-confôrto
praguejando rouco, cuspindo (n)água.

À tona,
no manto úmido lucescente,
em mantas/corsos/boanas
luzem prateadas douradas
vigiando os passos da Noite...
: e VIGIA ('inda) vigia
TODOS NÓS
...seu corpo, sua voz !


"NATO" AZEVEDO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

TRISTE CAMINHO

TRISTE CAMINHO
I
Um dia ela partiu...
levou sonhos e planos,
o amor de tantos anos
e as promessas que fez.
Maços de velhas cartas,
fotos cheias de marcas,
a tudo ela descarta...
quanta insensatez !
I I
Eu, que muito te amei,
jamais entenderei
onde foi que eu errei
e me ponho a chorar.
E, entre copos de vinho,
sigo a Vida sózinho
te vendo em meu caminho
prometendo voltar.
I I I
Quando o tempo passar
e a canção te tocar
você vai recordar
o que fomos nós dois.
Vais lembrar, então,
em meio à solidão,
nossa bela paixão...
tantos anos depois.
"NATO" AZEVEDO
(versão livre de "Pass this way",
de B. W. STEVENSON)

sábado, 6 de setembro de 2008

RAIZES NEGRAS DO MUNDO

RAÍZES NEGRAS DO MUNDO
(melodia: SILVIO GUEDES dos Santos/PA)
I (refrão)
Da África-mãe ao Brasil negro
recomeça a tua história, Negro.
Na luta de cada dia negro
Zumbi é você agora, Negro.
I I
O som do Brasil é negro
como o colorido de tudo;
como a dança de muitos países
e a paz que resta no Mundo.
I I I
No canto, na reza, na dança,
em nós revive a Mãe-África.
Onde estivermos bem
é nossa terra, é nossa pátria.
I V
Nós não nascemos iguais
mas somos todos irmãos
na terra que nos criou,
nas entranhas deste chão.
V (parte declamada)
Abre as asas sobre nós, Liberdade,
branca vela no mar azul desta vida.
Vem quebrar os grilhões da Verdade
prá renascer a alegria perdida.
"NATO" AZEVEDO
(OBS.: na estrofe final, falada, inverteu-se
por engano o têrmo VERDADE.)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

POR UM TEMPO MAIS...

POR UM TEMPO MAIS...
I
Sonhei pra mim
um Mundo de paz
com um lar, amigos
e algo mais.
Conforto e bonança,
sonhos de criança...
só isso, nada mais !
I I
A fartura é lembrança
de dias de vida mansa
de anos sem esperanças,
que a saudade nos traz.
E o que vejo, espelhado,
é um ser fracassado
e as cinzas do Passado
não me deixam em paz.
I I I
O tempo foi passando,
nada se realizando
e os sonhos definhando,
porque o Tempo os desfaz.
E, hoje, só quero,
anseio e espero
voltar a ser jovem
por um tempo mais,
só um pouco mais...
só uma vez mais !
'NATO" AZEVEDO
(Versão livre de rock dos
anos 70 do STATUS QUO.)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

,,, ENTRE CÉUS & TERRAS !

AD ASTRA PER ÁSPERA (*1)
(...entre céus & terras !)

I

Sós, num solo a dois,
irmanados
ao som do “hungu”
em vôos suaves
de fim de tarde,
desafiando a gravidade.

Rijo embate de corpos,
estratégias, espaços...
“pero sin perder la ternura”
e a compostura, jamais.
Energia em movimento,
senso & mente,
sentimento
num momento único,
ancestral-tribal.


II

Yê... grito gutural
a despertar mitos,
regenerar conflitos,
a retemperar o espírito
e afinar a alma, afinal.

"NATO" AZEVEDO


N. do A.: antigo provérbio latino que significa
obter sucesso (atingir os astros) seguindo
por caminhos difíceis, árduos, ásperos.
***************************************



ÚLTIMOS INSTANTES
(24/03/1985)

Um dia você partiu !
Uma noite, aliás... ninguém viu !
O meu amigo de Capoeira,
das liberdades, das brincadeiras
ao som de músicas e de fantasias
enfrentou as armas da covardia
e, saltou, enfim, para a Morte.
Foi conhecer o Nada, tentar a sorte,
ter vida eterna, ser Eternidade.
Continuo aqui, morto de saudade,
desde a hora em que tu partiste.
Me levaste tudo, me deixaste triste.
Quem morreu fui eu... só você existe !

"NATO" AZEVEDO


Homenagem póstuma a "Rubinho
Tabajaras" (Rubem Costa Satyro)
assassinado na saída de um baile funk no
C. Regatas Botafogo em 30/set./1977,
na véspera de meu aniversário.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

NOVAS ESPERANÇAS


NOVAS ESPERANÇAS


I

Vejam só...

mais um dia vai terminando,

velhas mágoas se afastando

e nós estamos sorrindo.

Vejam bem...

a última noite já vem chegando,

um novo ano anunciando

e nós estamos reunidos.


II

Irmãos, amigos,

com novos sonhos e esperanças,

felizes feito crianças

e cheios de amor e paz.

Com a família

e todos que nos querem bem.

Que não falte ninguém...

a festa vai ser demais !


III

Vem,

mas venha feliz, novo ano.

Afaste os meus desenganos

e me dê um coração novo.

Vem,

e me traga novos amigos.

Me livre dos velhos perigos.

Me faça feliz, ANO NÔVO !


"NATO" AZEVEDO

sábado, 23 de agosto de 2008

AÇÃO ENTRE AMIGOS

AÇÃO ENTRE AMIGOS


Vejo, sob a janela, dois meninos...
vêm de bela mansão, tosco sobrado.
Um, bem nutrido; o outro, ares mofinos
andando em brincadeiras, lado a lado.

A rua é vasto mundo aos pequeninos,
mas o melhor petiz fica chateado
ao ver o amigo pobre, fios finos
puxando uma latinha, envergonhado.

Um coração tão nobre -- lar sem jaça
da amizade mais pura -- em gesto terno
pega o carro nas mãos. Pela vidraça

eu vi trocar de dono o auto moderno:
-- "Toma este meu brinquedo... tem mais graça"!
E sai com o "carrinho", olhar fraterno.


"NATO" AZEVEDO

O TEMPO NÃO VOLTA !


O TEMPO NÃO VOLTA !
I
Tem dias em que eu penso...
"porque é que eu sofro tanto"
e, então, banhado em pranto,
quero morrer.
Porque sigo o meu caminho
sem amigos, tão sozinho,
minha Vida é só espinhos...
pra que viver ?

I I
(refrão)
Como o Sol afasta as trevas
e o domingo tudo alegra...
novo tempo há de chegar !
Tudo tão pouco importa...
o Tempo que vai, não volta.
Abra janelas e portas
prá Felicidade entrar.
I I I
Chega desse desespêro...
prá fazer um bom tempêro
é preciso açúcar e sal.
Assim é também a Vida...
seja alegre ou sofrida,
ela nunca é igual !
"NATO" AZEVEDO
(OBS.: versão livre de
música da banda
Creedence C. Revival)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

CAPITALISMO

CAPITALISMO
I

Você tem sido vencido
há tanto, por tudo.
Por tantos, por surdos,
por turnos noturnos
na fábrica que fabrica "fábricas"
de neurose... de tuberculose.

I I
Você vai ser
assassinado
por turmas soturnas
em furnas diurnas
que te sugam e sangram.
Vença você...
suicide-se,
antes que te matem !
"NATO" AZEVEDO

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

CARRO DE LUXO

CARRO DE LUXO
I
Eu comprei ontem um carro
azul estrela-brilhante,
macio e aconchegante...
um belo carro de luxo
(um big carro de luxo!)

II
Por mil salários de um homem
um belo carro comprei.
De gente que passa fome,
suor de mais de cem homens...
um supersport "freeway".

III
Fui prá melhor avenida,
a mais veloz e moderna.
Estava na hora do "rush"
e nem mesmo o George Bush (1)
dava um fim na baderna.

IV
Oh, Deus do céu e da Terra,
vê minha situação.
Estou parado, emperrado,
paralisado, "engessado"...
meu carro é uma prisão.

V
200 cavalos de força,
confôrto e satisfação.
Total ar-condicionado,
todo digitalizado,
luxuosa e cara prisão.
"NATO" AZEVEDO

(1) Esta música foi criada em 27/set. 1991
e se refere ao antigo presidente, pai do
G.B. atual. E onde se lê digitalizado era...
computarizado, anteriormente.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

ILUSÃO

I L U S Ã O
I
Perdi você...
perdi você não sei porque!
Nem sei porque
perdi você...
não tem explicação,
ah, não tem não !

E fica em mim a sensação
de que esse amor foi ilusão.
Se fôr viver na solidão
eu morro de paixão.

I I
Pedi a você
uma explicação,
não sei porque, eu não sei não...
não sei porque razão
você se foi, então.

Explique ao coração
que não suporta a emoção
de te perder assim, sem não
considerar se há perdão.

I I I
Perdão, meu bem,
se eu errei ou se feri
não sei a quem...
não amo com certeza a mais ninguém
porque Você é o meu eterno bem.

E vou além...
declaro pouco importa a quem
que tanto amor não quer saber o que convém
e não se mede em dias/meses/anos nem
em NADA que abaixo dos céus se tem !

I V
Mas, sem ninguém,
vamos eu e você, porém
sabemos que isso não convém
a um amor que traz recordações.

Não vamos mais brigar à toa,
voltemos a ficar "na boa",
pois somos uma só pessoa
que tem em si 2 corações !
"NATO" AZEVEDO

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

PRAZER NO PARAÍSO

PRAZER NO PARAÍSO
I
-- "Onde está Eva" ?!,
perguntou Adão
a seu Senhor certa manhã.
-- "Onde é que Eva está" ?
-- "Com uma cobra enorme,
atrás do pé de maçã" !
(Acho que está perdida
esta donzela cristã !)
II
-- "Onde é que Eva está,
meu Deus do céu,
complicando o meu nome.
Onde é que Eva está...
(com mil diabos !)
tão longe do seu homem.
É que sem ela não como...
acho que vou passar fome" !
III
De sol a sol
dou meu suor,
trabalho feito mouro.
Do alvorecer ao arrebol,
meu Deus, me arrancam o couro.
Mas Eva, minha mulher,
é meu grande tesouro.
IV
Eu não aguento mais,
vou perder o juízo
pois só Eva me traz
prazer no Paraíso.
Não é de reza... e nem paz,
é de mulher que eu preciso !
V
-- "É trabalhar e jejuar,"
falou o Criador.
-- "À ela amar e procriar..."
Êle nos ordenou !
Mas sem Eva... (prá começar)
eu já nem sei quem sou !
"NATO" AZEVEDO

sábado, 16 de agosto de 2008

TREM DA HISTÓRIA

TREM DA HISTÓRIA
(refrão/bis)
Lá vem o trem...
lá vem o trem da História !

I
Lá vem o trem
contando a nossa história
de miséria e fome.
Lá vem o trem
trazendo a escória
de mulheres e homens.

II
Lá vem o trem
de um povo sem memória
e que só bebe e come.
Lá vem o trem
de raça muito inglória
sem fé nem sobrenome.

III
Lá vem o trem
de um povo sem futuro,
que vive no escuro
sem a luz da esperança.
Lá vem o trem
do país dos sem-sonhos,
povo burro e risonho,
feliz na mendicância.

(refrão final)
Lá vem o trem...
o trem da Moratória !
Lá vai o trem...
o trem da nossa História !
"NATO" AZEVEDO

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

AO MENOS UM DIA...

AO MENOS UM DIA...

Às vezes eu tenho certeza
que a minha sorte acabou.
E vejo com muita tristeza
que a vida dura não findou.

São tantos sonhos, incertezas,
mil esperanças... para nada !
Me pego sentado na mesa,
o prato cheio só de mágoas.

Quem dera a Vida fosse bela
e o céu tão cinza mais azul;
o Tempo fluisse qual novela
e eu, na janela, a cantar blues.

Olho o Passado tão tristonho
e tudo é só melancolia.
Foi-se o futuro, planos, sonhos...
fiquei sem tudo o que queria.

(REFRÃO)
São tantos sonhos, tanta lida...
hoje eu me sinto tão cansado !
Ao menos um dia na Vida
quiz me sentir realizado.

"NATO" AZEVEDO

(OBS.: versão livre de hit do BOB DYLAN)

SONHOS REAIS

SONHOS REAIS

Lá longe
uma estrela reluz...
Tão longe...
que aos sonhos me conduz.
Estou no meu quarto
deitado, no escuro,
sonhando acordado,
pensando no futuro
e sonho... eu sonho !

Os sonhos não são sonhos
prá quem (os) quer realizar.
São certeza e esperança
prá quem sabe sonhar.
São visões do futuro
prá quem sabe o que quer.
É a fé em si mesmo,
seja eu homem ou mulher,
(Sejas homem ou mulher !)

Os sonhos são desejos
que queremos demais !
Um Mundo só de alegrias,
de progresso e de paz.
Estou no meu quarto
deitado, no escuro,
e, ao longe, uma estrela
brilhante me seduz.
Me aponta o futuro,
radiante como o dela,
bela fonte de luz.
E sonho... eu sonho !
"NATO" AZEVEDO


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

ANO NOVO, VIDA NOVA...




BOAS FESTAS
(para Jomara Leite Guerra/DF)

Mais um ano é passado...
um outro, novo, vem vindo.
Caminhos escuros vão indo,
clarões do Amanhã já chegando.
Nos restos da noite vagando
estrelas e o brilho da lua.
O calor de emoções em mil ruas,
no ar um clima de festa.

Há milênios, em noites como esta,
nossos sonhos revivem
e os desejos que tive
são iguais em todos nós.
E eu elevo a minha voz
para onde está meu coração
na ânsia de liberdade
e com a dor da saudade
ardendo em meu peito.

Então, fico sem jeito
com as doces lembranças
de "Você-Esperança",
"Você-Felicidade"!

"NATO" AZEVEDO
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(dedicatória de foto, ém 20/dez.1984)
*************************************

Ano Novo, vida nova...
ao velho ADEUS vamos dando
e a esperança se renova
no Amanhã que vem chegando !

Ano Novo... estronda o céu
e o Mundo parece em guerra.
Rendido, aceno o chapéu
pedindo mais paz na Terra.

"NATO" AZEVEDO

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(Andando seminú sobre as areais desertas de qualquer praia
a gente sente que a "liberdade está em nossas mãos", em nossa
pele, entrando pelas narinas, invadindo-nos o corpo inteiro. Este
poema tenta retratar essa sensação inesquecível. Com vocês...)

A M I G O M A R

Sentado na areia, no meio do horizonte,
revejo o Passado, relembro o meu ontem.
Eu canto, eu me calo, não falo, não fumo
e nem tenho metas, nem planos, nem rumo.
Sentado, num dia de manhã bem fria,
na praia deserta, enorme, vazia,
eu tento ser eu, mas eu não sou nada...
sou pó e sou vento, sou céu, sou estrada.

Sou o barulho da água, o silêncio da nuvem.
Sou o jato que passa, que zune, que ruge.
Sou Deus, soudiabo, sou bom e sou mau.
Sou homem, sou mago, anjo e animal.

Mas não quero ser nada, nem ter, nem poder.
So quero liberdade, só quero viver
com felicidade, com um lar, com você !
"NATO" AZEVEDO
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(Dedicado ao amigo José Lucílio Guerra, em 1984/RJ) e
publicado em coletânea da SHOGUN Editora/RJ em 1985.
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OBS.: o jovem colombiano RONALDO VACA P. ROCHA, em
visita a Belém do Pará, musicou este poema em 2003.
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