DOAR A SI
Eis que um pobre, dentre os demais, à espera
do Juízo Final que os mediria
vê, sobre a multidão que desespera,
o Deus que a legião de arcanjos guia.
Dirige-se ao Senhor e principia:
-- "Vivi por longos anos vida austera,
sem cobiça ou vaidade -- em lage fria --
qual cão sem dono que tudo tolera".
-- "Se nada pude dar pois nada tinha,
para ganhar o Céu fiz o preciso...
cumpri as vossas leis na vida minha".
-- "Tivesses dado ao próximo um sorriso
(replica o Criador) você já vinha
sentar entre os irmãos, no Paraíso"!
"NATO" AZEVEDO
(em 04/03/2013)
VERSOS DIVERSOS... DISPERSOS !
sonetos, poemas livres e canções, além de versões de rocks famosos. (www.overmundo.com.br/perfis/nato-azevedo)
terça-feira, 6 de novembro de 2018
DISCURSO VAZIO (em 4/7/2012)
DISCURSO VAZIO (em 4/7/2012)
Havia no Brasil, em distante era,
gente decente, produtiva, ordeira,
sem a politicagem que hoje impera...
nem tanto vagabundo ou bandalheira !
E chega Dom João. com seus "galegos"...
pondo "na rua" covardes nativos !
Arruma casa, pão, 10 mil "empregos"
prá nobres e parentes inativos.
Desde sempre esses trastes não trabalham
mas, no "saber" geral, são necessários...
enquanto voto e Ética avacalham.
Se iludem todos, nessa barafunda,
e um Povo insano e inculto -- de operários --
precisa deles prá limpar a b... !
'NATO" AZEVEDO
(OBS.: como "homenagem" ao DISCURSO
de um certo Demóstenes, num Senado
praticamente VAZIO, em 03/julho/2012.)
Havia no Brasil, em distante era,
gente decente, produtiva, ordeira,
sem a politicagem que hoje impera...
nem tanto vagabundo ou bandalheira !
E chega Dom João. com seus "galegos"...
pondo "na rua" covardes nativos !
Arruma casa, pão, 10 mil "empregos"
prá nobres e parentes inativos.
Desde sempre esses trastes não trabalham
mas, no "saber" geral, são necessários...
enquanto voto e Ética avacalham.
Se iludem todos, nessa barafunda,
e um Povo insano e inculto -- de operários --
precisa deles prá limpar a b... !
'NATO" AZEVEDO
(OBS.: como "homenagem" ao DISCURSO
de um certo Demóstenes, num Senado
praticamente VAZIO, em 03/julho/2012.)
MEMENTO MORUM
MEMENTO MORUM (*1)
Camelo em presunção, não quis família...
trotei a Vida inteira sem amigos,
a enfrentar sozinho mil perigos.
Estava, não no Mundo, mas em "ilha"!
Nau podre, fraca, perde logo a quilha...
me vi em pouco tempo entre mendigos,
a implorar cantinhos ou abrigos,
sem ter o apoio terno da Família.
Tola andorinha, só, não fiz verão.
Nunca aceitei ajuda de um irmão,
um gênio nos negócios, competente
e fui salvo das trevas pelas mãos
do filho do irmão -- bom coração! --
a me pôr no Caminho, novamente!
"NATO" AZEVEDO - 3/3/2010
(poema em homenagem ao meu sobrinho
"do meio" Jeancarlo A. Azevedo. Deus lhe
pague... ao menos em saúde e alegrias)
OBS.: (*1) MEMENTO MORUM é um momento,
durante determinadas Missas rezadas em latim,
em que se recorda aqueles que já se foram
Camelo em presunção, não quis família...
trotei a Vida inteira sem amigos,
a enfrentar sozinho mil perigos.
Estava, não no Mundo, mas em "ilha"!
Nau podre, fraca, perde logo a quilha...
me vi em pouco tempo entre mendigos,
a implorar cantinhos ou abrigos,
sem ter o apoio terno da Família.
Tola andorinha, só, não fiz verão.
Nunca aceitei ajuda de um irmão,
um gênio nos negócios, competente
e fui salvo das trevas pelas mãos
do filho do irmão -- bom coração! --
a me pôr no Caminho, novamente!
"NATO" AZEVEDO - 3/3/2010
(poema em homenagem ao meu sobrinho
"do meio" Jeancarlo A. Azevedo. Deus lhe
pague... ao menos em saúde e alegrias)
OBS.: (*1) MEMENTO MORUM é um momento,
durante determinadas Missas rezadas em latim,
em que se recorda aqueles que já se foram
ALMAS GÊMEAS
ALMAS GÊMEAS
Cá entre nós, digo enfim
que além do Fado e Cozinha,
modas, jeito, gôsto afim...
muito mais nos avizinha !
Do Império ao moderno Estado
-- do novo ao tradicional --
falas, costumes, Fé, fado
junta ao Brasil Portugal.
Desde Assis, Eça, Camões,
poemas, crônicas, canções
religam almas louçãs.
Superando vendavais,
são os mesmos ideais
o que une as Nações irmãs.
"NATO" AZEVEDO
(16-17/abril 2012)
Cá entre nós, digo enfim
que além do Fado e Cozinha,
modas, jeito, gôsto afim...
muito mais nos avizinha !
Do Império ao moderno Estado
-- do novo ao tradicional --
falas, costumes, Fé, fado
junta ao Brasil Portugal.
Desde Assis, Eça, Camões,
poemas, crônicas, canções
religam almas louçãs.
Superando vendavais,
são os mesmos ideais
o que une as Nações irmãs.
"NATO" AZEVEDO
(16-17/abril 2012)
O FIM DOS TEMPOS
O FIM DOS TEMPOS
"Creio no DEUS que criou os homens,
não no 'deus' que os homens criaram".
(de um escritor francês, século 19)
De um tempo antigo sou, quando contrito
ao pé do altar rezava, só, num canto.
Ao elevar aos céus meu pobre esp'rito,
pedia pouco e agradecia tanto.
Mas, hoje as seitas benzem carro e homem...
as Igrejas parecem pandemônio !
Respeito e Fé antigos quase somem,
"trocados" por progresso e patrimônio.
É o Juízo Final que se aproxima !
A Terra sente, em tod'as regiões,
o adeus fatal da fauna, flora e clima.
Vendem-se todos por uns poucos réis...
tanto as seitas quanto as religiões
com falsos Cristos têm falsos fiéis !
'NATO" AZEVEDO
(OBS.: "restauração" de velho soneto,
de 1974/75, sendo da obra original
apenas a última estrofe -- 16/03/2012)
"Creio no DEUS que criou os homens,
não no 'deus' que os homens criaram".
(de um escritor francês, século 19)
De um tempo antigo sou, quando contrito
ao pé do altar rezava, só, num canto.
Ao elevar aos céus meu pobre esp'rito,
pedia pouco e agradecia tanto.
Mas, hoje as seitas benzem carro e homem...
as Igrejas parecem pandemônio !
Respeito e Fé antigos quase somem,
"trocados" por progresso e patrimônio.
É o Juízo Final que se aproxima !
A Terra sente, em tod'as regiões,
o adeus fatal da fauna, flora e clima.
Vendem-se todos por uns poucos réis...
tanto as seitas quanto as religiões
com falsos Cristos têm falsos fiéis !
'NATO" AZEVEDO
(OBS.: "restauração" de velho soneto,
de 1974/75, sendo da obra original
apenas a última estrofe -- 16/03/2012)
CULTURA: CASA DE MESTRES
CULTURA: CASA DE MESTRES
Lutamos sempre
com desenvoltura,
vencendo ou s
u
c
u
m
b
i
n
d
o
à realidade
-- desde pequeno e em qualquer idade --
sonhando construir
vida futura.
Por Deus
é dado a toda criatura
o dom de iluminar
A H U M A N I D A D E
e ser feliz, ter paz, tranquilidade,
livrando os
filhos seus
de toda agrura.
Mas a missão
que causa mais efeito
e tem do Mundo
R E C O N H E C I M E N T OI
é tratar a
cultura
com respeito.
Pois tudo que há na Terra
hoje é feito
por homens e mulheres
de talento
que dos livros e cursos fazem leito.
"NATO" AZEVEDO
Lutamos sempre
com desenvoltura,
vencendo ou s
u
c
u
m
b
i
n
d
o
à realidade
-- desde pequeno e em qualquer idade --
sonhando construir
vida futura.
Por Deus
é dado a toda criatura
o dom de iluminar
A H U M A N I D A D E
e ser feliz, ter paz, tranquilidade,
livrando os
filhos seus
de toda agrura.
Mas a missão
que causa mais efeito
e tem do Mundo
R E C O N H E C I M E N T OI
é tratar a
cultura
com respeito.
Pois tudo que há na Terra
hoje é feito
por homens e mulheres
de talento
que dos livros e cursos fazem leito.
"NATO" AZEVEDO
NOITE FELIZ TROPICAL
NOITE FELIZ TROPICAL
I
Eis que, então, uma estrela riscou os céus...
não num deserto mas em fria floresta,
rasgando da negra noite os densos véus
sob o alarido de sêres mil em festa.
I I
E três cristãos sentindo chamado santo
partiram prestes por vales, montes, lagos,
rumo à gruta d'Aquele esperado há tanto,
tal qual fizeram antes os três Reis Magos !
I I I
O pescador lhe trouxe um peixinho de ouro
e o lavrador frutas e "uns grão di arrôis"
que, para ambos, era o maior tesouro.
I V
Mas ao vaqueiro, vindo pouco depois,
coube cobrir o Menino-Deus de couro
ao som do côro de mugidos de bois.
"NATO" AZEVEDO
(em 24/12/2011)
I
Eis que, então, uma estrela riscou os céus...
não num deserto mas em fria floresta,
rasgando da negra noite os densos véus
sob o alarido de sêres mil em festa.
I I
E três cristãos sentindo chamado santo
partiram prestes por vales, montes, lagos,
rumo à gruta d'Aquele esperado há tanto,
tal qual fizeram antes os três Reis Magos !
I I I
O pescador lhe trouxe um peixinho de ouro
e o lavrador frutas e "uns grão di arrôis"
que, para ambos, era o maior tesouro.
I V
Mas ao vaqueiro, vindo pouco depois,
coube cobrir o Menino-Deus de couro
ao som do côro de mugidos de bois.
"NATO" AZEVEDO
(em 24/12/2011)
...COM O SUOR DO ROSTO !
...COM O SUOR DO ROSTO !
Por entre as mãos calosas, forte o braço,
com água/fé/suor faz tal mistura
que da massa disforme -- passo a passo --
surge do imaginário a arte pura.
Trabalha em qualquer tempo... frio, mormaço
e molda o oleiro a microestrutura
de um Mundo desigual -- em pobre espaço --
cozendo em barro mole a vida dura.
Imagens vão surgindo em gestos suaves:
árvores, casas, naves, gente e aves
que se completam em clima singelo,
com louça e móveis de sala e cozinha
graças ao toque de fada-madrinha,
compondo um universo sempre belo.
"NATO" AZEVEDO
(em 12/06/2009)
Por entre as mãos calosas, forte o braço,
com água/fé/suor faz tal mistura
que da massa disforme -- passo a passo --
surge do imaginário a arte pura.
Trabalha em qualquer tempo... frio, mormaço
e molda o oleiro a microestrutura
de um Mundo desigual -- em pobre espaço --
cozendo em barro mole a vida dura.
Imagens vão surgindo em gestos suaves:
árvores, casas, naves, gente e aves
que se completam em clima singelo,
com louça e móveis de sala e cozinha
graças ao toque de fada-madrinha,
compondo um universo sempre belo.
"NATO" AZEVEDO
(em 12/06/2009)
AMAR É SEMPRE... (A)VENTURA !
AMAR É SEMPRE... (A)VENTURA !
Que importa à flor se o rio não corresponde
a seu puro amor e segue, distante?
Com um corpo frio e alma inconstante
finge não ver o que flor não esconde.
E, se o te amar, já não te é bastante
e a meu louco olhar você não responde,
vou em ti pensar não importa onde
o Destino vá me levar, errante.
Bela rosa sou, desfolhada e triste,
que minha sina vou cumprir, serena,
na certeza eterna que o Amor existe.
Com o amor em mim a cruz é pequena
e minha alma pura luta, resiste,
porque sei que amar sempre vale a pena.
"NATO" AZEVEDO
(em 10/06/2009)
Que importa à flor se o rio não corresponde
a seu puro amor e segue, distante?
Com um corpo frio e alma inconstante
finge não ver o que flor não esconde.
E, se o te amar, já não te é bastante
e a meu louco olhar você não responde,
vou em ti pensar não importa onde
o Destino vá me levar, errante.
Bela rosa sou, desfolhada e triste,
que minha sina vou cumprir, serena,
na certeza eterna que o Amor existe.
Com o amor em mim a cruz é pequena
e minha alma pura luta, resiste,
porque sei que amar sempre vale a pena.
"NATO" AZEVEDO
(em 10/06/2009)
DA RODA AO... AFEGANISTÃO
DA RODA AO... AFEGANISTÃO
Em tempos de progresso supersônico
máquinas e instrumentos bem complexos
unem jovens por meio eletrônico
num amor virtual entre os três sexos.
Safenas, silicones, mil anexos
tornam o Homem moderno um ser biônico
deixando-nos atônitos, perplexos
e a mim -- poeta atômico -- afônico.
Da medicina aos carros, casa, jogos,
escolas, campos, fábricas de fogos,
refletem os avanços da invenção.
Com o Mundo futuro já traçado
vejo que até meu Deus foi "recriado"
e quedo, então, sem uma inspiração.
"NATO" AZEVEDO
(em 15/05/2009)
Em tempos de progresso supersônico
máquinas e instrumentos bem complexos
unem jovens por meio eletrônico
num amor virtual entre os três sexos.
Safenas, silicones, mil anexos
tornam o Homem moderno um ser biônico
deixando-nos atônitos, perplexos
e a mim -- poeta atômico -- afônico.
Da medicina aos carros, casa, jogos,
escolas, campos, fábricas de fogos,
refletem os avanços da invenção.
Com o Mundo futuro já traçado
vejo que até meu Deus foi "recriado"
e quedo, então, sem uma inspiração.
"NATO" AZEVEDO
(em 15/05/2009)
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