quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CRER E SONHAR

CRER E SONHAR


I

Procurei felicidade

nesse Mundo de ilusão.

De cidade em cidade

eu testei meu coração.

Com tristezas e alegrias,

solidão e alguma paz,

eu segui todos os dias

na esperança de algo mais.



I I

Tantos anos de enganos,

de sonhos sempre mudados,

de planos e mais planos

com a família a meu lado.

Tudo valeu muito a pena,

aprendi com cada falha.

A vitória hoje é plena,

eu venci muitas batalhas.



I I I

Devemos confiar em Deus,

respeitar as Leis, enfim.

É preciso amar os seus

e acreditar em si.

Combati o bom combate,

conservei a fé em mim...

e com ela vou até

o meu fim !
 "NATO" AZEVEDO

(versão livre e provisória

de "Amazing Grace", do

LP "I knew Jesus", com

GLEN CAMPBELL, 1972)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

FESTA NO APÊ

FESTA NO APÊ


I (refrão)

Hoje há festa

lá no meu apê...

vai "rolar" cachaça,

"pó" e "pererê"!



I I

Entra muito "porre",

bermunda e chinelo,

traz num garrafão

vinho SINUELLO.

Põe pastéis no bolso

e empadas na calça.

Fala mal da festa...

eita, gente falsa !



I I I

As garotas chegam,

estão muito "loucas",

"trepam" nos sofás

e beijam na boca.

Já de madrugada

tudo continua...

não demora muito

elas ficam nuas.



I V

Alguém chama um guarda...

demora, mas vem.

Olha aquela farra

e diz: --"Tudo bem"!

--"Entre, a casa é sua"!,

como dono eu insisto.

--"Suba numa mesa

e faz logo um "strip"!

"NATO" AZEVEDO
(OBS - paródia de música
do cantor LATINO)

VÔO DISTANTE (parte 1)

VÔO DISTANTE -- parte 1




I

Sou gaivota solta ao vento,

sem lar, sem planos a me guiar,

sem pão nem chão, só o firmamento...

tantos caminhos para trilhar !

Eu sigo só, sem o veneno

que tanta gente tem pra dar.

O Mundo se torna pequeno

sempre que alguém quer me humilhar.

(ou... se tem alguém a me humilhar.)



I I (refrão)

Tão longe disso eu quero estar !

Tão longe disso eu quero estar !

De um Mundo injusto, só mentiras,

de gente que não dá, só tira...

tão longe disso eu quero estar !



I I I

Bati em mil e uma portas

sem sequer uma só resposta,

sem mão amiga a me ajudar.

Mas continuo -- resistindo --

as esperanças se extinguindo...

quando é que a sorte irá mudar ?!



IV

E os sonhos que sonhei, então...

e os sonhos que sonhei em vão

nascerão, tenho certeza,

-- num Mundo sem tantas tristezas --

em algum outro coração !

'NATO" AZEVEDO

(versão livre de "Sail Away", de NEIL

YOUNG, LP Rust never sleeps/1979)

SORTE INGRATA

SORTE INGRATA


I

(refrão/bis)

Roubaram a minha mulher...

roubaram-me a mulher.

Oh, Ricardão, "cuméquié" ?!



I I

Sumiu a minha esposa.

Me levaram outras coisas:

o fogão, TV, talher...

e a geladeira Frigidaire.



I I I

Já perdi o apetite,

tive cinco ou seis colites

e devo até o dedão do pé.

Só pago quando puder !



I I I

Eu não como há três dias.

Minha vida é uma agonia,

lavar roupa roupa não dá pé.

E eu nem sei fazer café !



I V (bis)

Volta, meu bem,

estou sem ninguém,

volta prá mim, meu bem.

Volta prá mim, meu bem !

"NATO" AZEVEDO

(versão livre da folkmusic
"Somebody  stoles my wife"
da banda MUNGO JERRY)

SÔBRE VIVO

SÔBRE VIVO




I

Colorindo a noite

eu vou.

Colorindo a noite

estou

pelas ruas desertas

da cidade,

co'as janelas abertas

da saudade.



I I

Eu vou só

como nunca e sempre quiz.

Estou só,

mas me sinto bem feliz.

Pelas ruas sem nada

de tudo,

o silêncio me agrada...

(me iludo !)



I I I

Solidão e tristeza

me atacam

e a fome e a pobreza

me matam.

Lentamente a esperança

vai morrendo.

Só a desesperança

vive, vendo.



'NATO" AZEVEDO

CANTIGA ANTIGA

CANTIGA ANTIGA




I

Entre cachorros doentes

e gatos atropelados..

em meio ao lixo e sujeira

caminho pela cidade.

-- "Aqui... (me dizem os guias

de seitas & filosofias)

achas de qualquer maneira

a tua felicidade".



I I

Ao som de gritos na noite

entre vielas e ruas

mulheres olham prá Lua,

irmãs de mil falsidades.

Pastores vendem, aos gritos,

a derradeira verdade.

Prá ganhar o Paraíso

só de dinheiro preciso...

e vou ter felicidade.



I I I

Quem primeiro disse isso

foi preso e condenado

e, por fim, crucificado.

Esta é a realidade !

Livros, mandamentos, salmos

nos transformam em fanáticos,

cada dia mais apáticos,

atrás da felicidade.



"NATO" AZEVEDO (01/03/92)

QUANTO MAIOR A PALMEIRA...

QUANTO MAIOR A PALMEIRA...

I

Quem fala de mim não sabe o que diz...

quem fala de mim é um aprendiz,

porque eu sou um "capoeira"

e porque sei que Capoeira

não é reles brincadeira

de noites de sexta-feira

e nem autopromoção

de domingos de verão.

(Não é não, meu irmão !)

Não é comércio e nem "escada"

para quem nunca foi nada...

também não é agressão

de covardes sem razão.

 
II

Quem quer ser é você...

eu já sou e sei a lei.

Se tu sobes sem poder,

vais descer ou vais cair.

Disso não podes fugir

pois só sabes o ABC,

ninguém sabe nem pra quê.


III

CAPOEIRA é uma Arte

que está em toda parte

e tem valor, podes crer !

Não é coisa prá amador,

nem esporte prá "armador"

como tantos e... você !

"NATO" AZEVEDO

("Dedicado" a todos os que, em Belém, nos caluniaram

e prejudicaram nossa atuação enquanto divulgadores,

durante a curta e polêmica existência do CCCP - CENTRO

CULTURAL DE CAPOEIRA DO PARÁ, de maio/1988 a 7/1992.)

2 MIL ESPINHOS

2 MIL ESPINHOS




I

Agora estou

aqui pensando

que nunca estive

tão infeliz.

Eu quero e vou

te pedir cantando:

volta, meu bem,

que eu sempre te quiz!



I I

Você errou

e ambos sonhamos

que basta amar

ora se ser feliz.

Pensando assim

foi que nos casamos,

mas o Destino

juntos não nos quiz.



I I I

Mas, meu amor,

ao viver sozinho,

sem os teus carinhos

e teus beijos ternos.

Senti a dor

de 2 mil espinhos

e o meu caminho

virou um inferno.



I V

Volta, meu bem,

para os braços meus.

Me disseste "Adeus"...

não o faças mais.

Fique com quem

te traz felicidade.

Mate essa saudade

e me devolva a paz.



"NATO" AZEVEDO (música semifinalista do IV FEMUCAB - Festival Canta Belém, em 1987)

TERRA QUE NINGUÉM PASSEIA !

TERRA EM QUE NINGUÉM PASSEIA !




Meu coração, minha gente,

é terra em que ninguém passeia.

Eu não procuro a guerra...

só tem paz, ô, quem semeia!



Não "boto lenha no fogo"...

nem falo da vida alheia.

Na roda, se faço um jogo,

martelo não me aperreia.



Se levo uma meia-lua,

eu dou meia-lua e meia...

o meu coração, minha gente

é terra em que ninguém passeia!



O meu coração, minha gente...

é terra em que ninguém passeia!

'NATO" AZEVEDO

(interior do Pará/BRASIL, 1985)

CARNAVAL ARTIFICIAL

CARNAVAL ARTIFICIAL


I

Já se foi o tempo

de viver amando.

Já se foi o tempo

de sofrer, chorando.

Só existem agora

falsos sentimentos.

Já se foram embora

felizes momentos.



I I

Vou içar na brisa

desta manhã de folia

minha falsa alegria

e minha melancolia.

Pois na quarta-feira

é dia de luto,

é dia de luta

que a Vida é curta.



I I I

Somos vivos mortos

pela monotonia

de paredes-portas

vistas todo dia.

Vistas tod'os dias

dessa nossa vida

de poucas alegrias

e muito fingida.

"NATO" AZEVEDO

OBS.: composta em meados

de 1974/75 e recuperada da

memória senil em fev./2010.

QUE BARULHO É ESSE ?!

QUE BARULHO É ESSE ?!


I

Meu Deus, que barulho é esse

que vem das bandas do Mercado...

é o grito dos escravos,

no navio, acorrentados.


I I

Meu Deus, que barulho é esse

que vem lá do Pelourinho...

é o chicote do feitor

açoitando os crioulinhos.

 
I I I

Meus Deus, que barulho é esse

na varanda, no porão?!

É o brado do Brasil...

"acabou-se a escravidão"!

"NATO" AZEVEDO

OBS.: esta música foi criada nos

anos 70 (1975?) e só agora está sendo

divulgada. Embora haja obras parecidas,

a minha não se baseou em ninguém.

FORA... D.I.V.A !

FORA... D.I.V.A !


I

Não vou chorar

e nem sofrer

se alguém parar

prá me dizer

que eu vivo só

e sem amor

e que têm dó

deste sofredor.



I I

Eu vou me calar

e a ninguém ouvir...

se alguém me insultar,

sei que vou sentir,

mas é que a verdade

vou reconhecer

e minha bondade

sempre maldizer.



I I I (refrão)

Não suporto mais

essas fofoqueiras...

e me tiram a paz

tantas baboseiras!

"NATO" AZEVEDO



("sambinha" de 1974/75,

pescado dos confins da

memória em fev./2010)

D.I.V.A é o "Depto de

Informação da Vida Alheia",

frase que vi num "Judas")

O INFERNO DA CASA (im) PRÓPRIA

O INFERNO DA CASA (im)PRÓPRIA




A verdade é que o sonho brasileiro

é ter uma casinha prá morar,

prá depois já velhinho descansar

co'os netinhos ao lado, o dia inteiro.

Garantir prá família um terreiro

cheio de flores, num belo jardim,

com árvores e sombra, tudo, enfim,

é sonho que anima as nossas vidas.

Não se dá a esperança por perdida,

desde quando se nasce, até o fim!



Entra ano, sai ano e não tem jeito...

vai o pobre sempre sendo iludido,

não adianta procurar Partido,

ir atrás de deputado ou prefeito.

Nessa briga não tem certo nem direito,

cada qual vai por si e sem ajuda...

a coisa é feia e é um "Deus nos acuda",

pois só rico é que sai na dianteira.

Contando até parece brincadeira...

no entanto é história cabeluda.



Faz o Governo imensa propaganda,

gasta a verba do povo e ilude a massa.

Podia dar a casa até de graça,

mas só vende bem caro e nada anda.

A esperança do pobre só desanda!

C'uma mão êle dá, co'a outra tira!

Se o Banco da Nação é só mentira,

já a danação do povo é verdadeira

e o sonho permanece a vida inteira,

de avô passa prá neto e os inspira.



O Banco incentiva a poupança,

sugando a economia da família.

Tempos depois leva toda mobília

se na paga de um mês houver tardança.

Expusa a família, faz a mudança

e retoma outra vez a mesma casa.

O sonho de milhões o Banco arrasa!

Torra a verba em Leilões e ninguém sabe

prá que serve, no Brasil, a COHAB...

que faz mais propaganda do que casa!

"NATO" AZEVEDO

(Pará -- junho/julho 2010)

CAPOEIRA, FESTA E TRADIÇÃO

CAPOEIRA, FESTA E TRADIÇÃO

I

Capoeira, prá mim, é oração

daquelas que não se reza todo dia...

só nas horas de muita aflição,

só nos dias de muita alegria.

I I

Capoeira é, prá mim, sem compromisso,

Capoeira prá mim é diversão.

Se eu ouço, numa roda, um reboliço

e vejo logo um tapa ou agressão...

digo a todos: -- "É melhor parar com isso

que do povo não tens aprovação"!

Capoeira é beleza e é feitiço.

Capoeira é alegria e curtição!

I I I

Capoeira, prá mim, é oração,

Capoeira prá mim é brincadeira...

qu'eu jogo nas noites de sexta-feira

co'os amigos, colegas e irmãos!

"NATO" AZEVEDO

(OBS.: criado por volta de 1990 e

recuperado da memória em 8/2010)

(ritmo S. Bento Grande, de angola)

TRILOGIA DE AMOR... E DOR !

TRILOGIA DE AMOR... E DOR!




1. DESILUSÃO

I

Porque você, oh morena, porque...

porque você, meu amor, porque...



(BIS)

porque você, oh pequena,

me diga agora...

porque você, minha flor,

vai-se embora !



I I (BIS)

Não me deixe aqui sozinho,

pois desejo teu carinho

mas me diga, por favor,

que não vais, oh meu amor.



I I I

Veja e sinta a solidão

que me envolve o coração.

Ouça, linda, quem te implora...

vê minh'alma como chora !



"NATO" AZEVEDO



(em 13/dez.1972, às 2 hs)

***********************************



2. SAUDADE D'UM SONHO



I

Eu relembro com muita saudade

aquela linda noite de luar...



(BIS)

em que te beijei,

em que eu te amei,

sinto até vontade de chorar !



I I

Mas aquele amor já se acabou...

e meu lindo sonho terminou.



(BIS)

E eu fiquei sozinho,

sem o teu carinho,

sentindo a dor me sufocar !



"NATO" AZEVEDO

(em 16 dez./1972)

*****************************************



3. DOR... DE AMOR !

I

Chorando...

passei a noite chorando

e lamentando

sua partida.

Volta prá mim, querida,

te desejo mais que tudo,

você é a minha vida...

podes crer, eu não te iludo !



I I (BIS)

Mas, porque você se foi,

porque você não voltou... ?

Foste embora

e eu sinto agora

que você me abandonou !

(em 21 dez./1972)



"NATO" AZEVEDO

(OBS.: trata-se de 3 sambas de

terreiro -- ou sambas de quadra --

com melodia/ritmo parecidos, feitos

em homenagem à SÔNIA, de Bangu,

babá numa ruazinha do Leme na época

em que a namorei por 2 ou 3 semanas. Onde

andará hoje essa menina... que era bem

parecida com a atriz global Thaís Araújo ?)

CAPITÃO GAY

CAPITÃO GAY

I

(trecho falado:)

-- "Maestro, ai que graça...

dê RÉ sem DÓ em MI"!


Vou contar minhas desgraças,

que parecem não ter fim.

A amargura é profunda...

me passam a mão na bunda

mas ninguém me quer, enfim.

(gosta de mim)

I I

Sou gostosa como poucas,

mas a Vida é um horro.

Me chamam de "bicha louca"...

me respeitem, por favor.

Me tacham de "coisa rara",

até cospem na mi'a cara

me causando estupor.

I I I

Hoje, estou com um anão

zarolha, gago também

mas que tem belo "varão"

e me chama de "meu bem".

Agora eu sou amada

e até mesmo invejada

pelos que não têm ninguém!

"NATO" AZEVEDO

(OBS.: embora possa parecer

a alguns chacota, esta obra é

sincera homenagem aos gays.)

CANTO TRISTE

CANTO TRISTE

I

Só vejo escuridão,

tanta desilusão,

entre os sonhos na minha mente.

Me sinto tão "down"

com tua opinião...

preciso ser persistente !

I I

Sem o apoio de amigos

tão sozinho eu sigo,

levando minha canção.

Mas não posso desistir...

tenho que prosseguir

ouvindo o meu coração !

I I I

Meu dia há de chegar

e a estrela brilhar

na minha terra e no Mundo.

Vai calar tanta gente

que me acha diferente...

não vou ser mais vagabundo !

I V

E a minha canção

alegrará a multidão,

trazendo felicidade.

Quem me nega apoio,

me trata como joio...

vai, enfim, ver a verdade !

"NATO" AZEVEDO (8/set. 2012)

(OBS.: versão livre de "Harvest",

de NEIL YOUNG, 1970?)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

ILHA DE PAZ EM MILHAS DE SOL

ILHA DE PAZ EM MILHAS DE SOL
I
Soam em Belém
sinos, hinos, trinos, mimos,
as vozes de mil meninos
e suspiros também.
Voam em Belém
em curvas suaves, aves, naves,
nos ares e mares
da Cidade e além.
Vive em Belém
gente tão contente e quente,
sorridente, persistente,
para sempre... Amém !

I I
Cá...
vi Marias bem morenas, pequeninas,
já de idade, 'inda meninas,
cheias de amor e fé.
Lá...
vem Marias de tod'os lugares
direto aos altares
da Virgem de Nazaré.

I I I
É bem Belém
nos cantos das ruas
unhas e pupunhas,
"muambas" e "mumunhas"...
camelôs num vai-e-vem.
É tão Belém
frondosas mangueiras
sombreando feiras,
praças, largos, beiras...
tudo o que convém.

I V
Côres, falas, tons
de herança tupinambá.
Frutas, peixes. sons...
como iguais não há !
De beleza terna, calor sempiterno,
és "Noiva do Sol".
Yara guajarina, Cidade-menina:
BELÉM DO PARÁ !

"NATO" AZEVEDO
(OBS.: musicado em 2004/5 por MÁRCIO
FARIAS, sem a presença da segunda estrofe)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PROMESSA

PROMESSA

I

Ai, ai...

essa saudade que me mata,

esse ciúme que me afasta

tanto e tanto já de ti !

Ai, ai...

não vivo sem teu carinho,

como é ruim ficar sozinho,

essa dor nunca tem fim !



I I

Ai, ai...

solidão no fim da vida

é pior que uma ferida,

é coisa que não tem jeito.

Ai, ai...

esqueça a desilusão,

acenda minha paixão,

volte para nosso leito.



I I I

Ai, ai...

vou cumprir minha promessa,

serei homem bom abessa,

tu não vais te arrepender !

Esqueça do meu Passado,

quero ficar a teu lado,

pois eu amo só você !

'NATO" AZEVEDO (13/02/2013)

MORENINHA

MORENINHA




I (refrão)

Venha prá cá, moreninha,

c'um sorriso de prazer.

Venha prá cá, moreninha...

gosto muito de você !



I I

No balanço do vestido

todo enfeitado de rendas,

vou te fazer um pedido

e espero que me atendas.



I I I

Dançando pra todo mundo

tu me matas de ciúme.

Meu coração vagabundo

se afoga no teu perfume.



I V

Eu vou falar sem demora

que o meu pedido é, enfim,

te fazer minha senhora,

pra dançar só para mim !

"NATO" AZEVEDO (12/02/2013)