quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

TRISTE FOLIA

TRISTE FOLIA

I
Já é madrugada...
o sol já raiou
e, na Avenida,
tudo iluminou.
Mostrou no povo
só melancolia
e a esperança morta
de muita alegria.

I I
Foram-se as bandeiras,
foi-se o calor,
foi-se todo o samba...
nada mais restou.
Ficou no povo
uma esperança tola
de que uma Escola
mostre samba de valor.

I I I (refrão?/BIS)
(Por que sofrer
se a "joie de vivre"
é viver livre
e, depois, morrer.)
"NATO" AZEVEDO

OBS.: esse samba dolente
nasceu de minhas observações
sobre o Carnaval do Rio, quando
ainda era na Av. Rio Branco, nos
anos 70... a Escola se apresentou
mal e todos estavam muito tristes.
Copiando SP, os sambas cariocas
começaram a acelerar o compasso,
gerando um "andamento" horroroso.
O refrão final me parece ser de uma
outra composição... a memória não
ajuda, quando mais se precisa dela.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SEM DESTINO

SEM DESTINO
I
Você me convidou
para a última dança
e eu, cheia de esperanças,
alimentei mil sonhos.
Você, tão risonho,
numa noite calma
feriu a minh'alma,
tudo me roubou.
Só me deixou dor...
me poz no Inferno
e, do amor mais terno,
ódio em mim restou.

I I
Me diga, Senhor,
porque é que o Amor
não foi para mim
um belo Paraíso?!
O que é que eu preciso
para afogar as mágoas
e cessar as lágrimas
de um amor-bandido.

I I I
Assim... não é assim
que se trata alguém,
eu só quiz teu bem
e você me iludiu.
Só se aproveitou
e, depois. fugiu.
Nunca me amou...
puta que pariu !

I V (refrão)
Larará, larará, larará-rará...
hoje eu não tenho ninguém.
(repetir mais 2 vezes)
Antes se viver assim
do que manter tal ódio em mim
(porque o ciúme não tem fim)...
hoje eu não tenho ninguém !
"NATO" AZEVEDO

(OBS.: versão infame e "vagabunda" da
imortal canção "Me and Bob McGear",
da inesquecível JANIS JOPLIN, 1972?)

SERESTA NA FESTA

SERESTA NA FESTA

(refrão)
Tem maracatu?
Tem, tem, tem!
E vatapá e pitu...
tem também !

I
Fui à festa do Senhor...
do meu Senhor do Bonfim,
prá procurar um amor,
uma morena prá mim.

I I
Mas havia lá na festa
muito Zé, João, Maria...
não fiquei para a seresta
pois não achei minha Luzia.

I I I
E havia lá na festa
só saudade e solidão
e até a própria seresta
machucava o coração.

I V (Bis)
Oh, meu Senhor do Bonfim,
tem piedade de mim...
me traga essa pequena,
me dê o amor da morena.
"NATO" AZEVEDO

(OBS.: canção popular, escrita em
1974/75, do tipo folclórica, "recuperada"
dos confins da memória em jan./2010)