sábado, 29 de novembro de 2008

LADRÃO NA MANSÃO

LADRÃO NA MANSÃO I

-- Papai, eu estou sem fala,
tem ladrão na nossa sala.
É melhor mandar-lhe bala,
ver o cara se danar.
Papai, vai levantando,
pegue a arma e vá andando.
Olha, não estou brincando...
a desgraça está no ar.

I I
-- Filho, você não é um rato,
prove que é homem de fato,
calce logo esse sapato
e vá lá verificar.
--Papai, saiba um segredo:
de armas eu tenho medo,
revólver não é brinquedo
e êle pode até matar.

I I I
-- Filho, pegue o "tresoitão"
e liquide esse ladrão.
Resolva a situação
ninguém vai te censurar.
-- Papai, levanta logo,
por mil deuses eu te rogo
ou,então, daqui me jogo,
da janela deste andar.

I V
-- Papai, salto dos céus,
faço surfe e "rappel"
mas ser herói é um papel
em que eu não quero pensar.
-- Filho, você é uma vergonha
e que "cara de pamonha".
Se eu soubesse qual cegonha
te trouxe... morria já !

V
-- Cuido eu mesmo deste caso
que teve foi muito atraso
e, depois, eu te arraso...
espere só eu voltar.
-- Filho, era só um gato...
sofri tanto desacato
de você, rapaz ingrato,
hoje eu vou te deserdar !

V I (refrão)
-- Acenda a luz, meu filho !
Acenda a luz, meu filho !
Acenda a luz, meu filho...
meu filho, acenda a luz !
"NATO" AZEVEDO

(versão livre do rock "I sow
the light",da banda STATUS QUO,
escrita em 19 de janeiro de 2001)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

CIDADE "MARAVILHOSA"

CIDADE "MARAVILHOSA"
I
Cidade tão perigosa,
cheia de assaltos mil.
Cidade tão pavorosa...
vergonha do meu Brasil.

I I
É susto e baque nos corações
e prantos n'alma da gente.
Há só promessas nas reuniões...
ô, prefeito incompetente !

I I I
E voam balas de mil metralhas
na população indefesa.
A Segurança só mostra falhas
e a dengue é uma certeza.

I V
Bandido à solta, pivetes na rua,
arrastões em cada esquina.
A malandragem deixa a gente nua...
mas, que Cidade assassina !

"NATO" AZEVEDO
(OBS.: paródia da música oficial, feita
p/ o programa da TV SBT, em 23/04/2008.)

O GAIO DA ROSEIRA

O GAIO DA ROSEIRA

I
A vida do sertanejo
é orar e ir roçar,
esperando pela chuva
ou casamento de viúva,
coisas raras no lugar.

II (refrão)
O gaio da roseira,
o gaio da roseira,
o gaio da roseira...
olha, meninao gaio da roseira !

I I I
Um dia eu vou embora...
vou partir deste lugar.
E viajo lá pro Sul,
onde tudo é azul,
para poder enricar.

I V
Vou embora de minha terra,
prá estudar e trabalhar.
Um dia eu volto rico,
compro um rancho e aqui fico
porque aqui é meu lugar.

V
Amanhã acordo cedo
e vou sair pra trabalhar.
Estou no Rio de Janeiro,
sem família e sem dinheiro,
minha vida é esperar.

V I
Tenho que ter fé na vida,
que um dia vai melhorar.
Tenho que ter confiança
-- "treis veiz sarve" a esperança --
um dia a sorte irá mudar.

V I I
Passam anos, nada muda...
e o desencanto a aumentar.
Essa fase já se encerra,
volto agora prá minha terra
prá morrer no meu lugar.

"NATO" AZEVEDO
(OBS.: suponho que o GAIO da
canção possa ser GALHO.)
Adaptação de canção folclórica de
Airto Moreira e Hermeto Paschoal.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

UMA CANÇÃO PARA MARIA

UMA CANÇÃO PARA MARIA

I
Pela longa estrada da Vida
muitas vezes me desesperei.
Quando tudo era penosa subida
no caminho sozinho eu fiquei.

I I
Procurei então mão amiga
que amenizasse meu calvário.
Senti-me como ovelha perdida
a cumprir meu fado, solitário.

I I (BIS)
Eis, porém, que surge tua luz
para iluminar o meu caminho,
diminuir o peso da minha cruz
e me dizer que não estou sozinho.

I V (refrão/BIS)
Senhora,
beleza que converte e seduz.
Senhora,
bondade que comove e reluz.
Senhora,
imagem que esperança nos traduz.
Senhora,
és Maria, nossa Mãe e de Jesus.

"NATO" AZEVEDO
(OBS.: feita em 04/09/91 para o I Festival
da Canção Mariana, realizado em Belém/PARÁ)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

ALTOS E BAIXOS

ALTOS E BAIXOS

I (refrão)
Eu já estou velho
e no fim da vida.
Sei que estou (tão) velho...
é hora da partida !

I I
São tantos anos
de sonhos, esperanças,
de planos e desejos
ah, desde criança.
Se cresce, se espera
e a Vida se vai.
O castelo de sonhos
se esboroa e cai.
Deixamos lá prá trás
esperanças tão queridas...
estamos tão velhos,
é hora da partida.
Cansados e velhos
de jornadas perdidas.

I I I
Contudo, cada dia
que nasce e que vem
nos empurra adiante,
nos leva muito além.
Como tudo renasce,
revivemos também
recriando o futuro,
com certezas ou sem.

I V
Eu já estou velho,
no começo da Vida...
dos 60 aos 70
será sempre partida.
O fim nunca está perto
prá quem planta alegria,
semeia esperanças
e constrói todo dia.

V (refrão)
Eu já estou velho,
no começo da lida.
Sei que estou velho,
no auge da minha vida.

"NATO" AZEVEDO

VIDA DESGRAÇADA

VIDA DESGRAÇADA

I
(refrão)
Eu...
não te quero mais !
Eu...
não te quero mais !

I I
Mulher desgraçada,
vaca malcriada,
oh, me deixe em paz.
Saia da minha vida,
lingua atrevida...
não te quero mais !

I I I
Te dei meu sobrenome,
puzeste outros "omes"
lá na minha cama.
Fora, vagabunda !
Vá prá rua, imunda...
me deste má fama.

I V
Eu até acho graça !
Casar é uma desgraça...
só agora eu sei.
Chega de prejuízo !
Já perdi o juízo:
acho que vou ser gay !

"NATO" AZEVEDO