AÇÃO ENTRE AMIGOS
Vejo, sob a janela, dois meninos...
vêm de bela mansão, tosco sobrado.
Um, bem nutrido; o outro, ares mofinos
andando em brincadeiras, lado a lado.
A rua é vasto mundo aos pequeninos,
mas o melhor petiz fica chateado
ao ver o amigo pobre, fios finos
puxando uma latinha, envergonhado.
Um coração tão nobre -- lar sem jaça
da amizade mais pura -- em gesto terno
pega o carro nas mãos. Pela vidraça
eu vi trocar de dono o auto moderno:
-- "Toma este meu brinquedo... tem mais graça"!
E sai com o "carrinho", olhar fraterno.
"NATO" AZEVEDO
Vejo, sob a janela, dois meninos...
vêm de bela mansão, tosco sobrado.
Um, bem nutrido; o outro, ares mofinos
andando em brincadeiras, lado a lado.
A rua é vasto mundo aos pequeninos,
mas o melhor petiz fica chateado
ao ver o amigo pobre, fios finos
puxando uma latinha, envergonhado.
Um coração tão nobre -- lar sem jaça
da amizade mais pura -- em gesto terno
pega o carro nas mãos. Pela vidraça
eu vi trocar de dono o auto moderno:
-- "Toma este meu brinquedo... tem mais graça"!
E sai com o "carrinho", olhar fraterno.
"NATO" AZEVEDO
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